3.11.05

Para você

Permito-te falar e olhar-me
como um ente que parece fixar o nada.
Calar-te e, até, absorver-me
como quem não bebe, nem sonha!
Permito-te deixar-me calada
e envolver-me apenas
com a leveza do teu véu de silêncios.
Então descansar, de cheiros em gostos,
até que Baco te batize, incendeie e adormeça.

(Inspirado em Não-operacional, de Diana de Hollanda)

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