Estranho instinto
Desbravar matas ocupadas
Por tropas ora adormecidas
Invado lentamente
Como se quisesse evitar o ruído das folhas que me anunciam,
Na tentativa de proteger-me do mal,
Que ronda como se espreitasse todos os meus passos
A mata úmida acolhe-me
Em sua quase noite
De tão profunda
Encaro as corujas que me velam
Sentindo-me segura
Como nos braços de quem me quer
Caminho em direção ao nada
Não temo não saber aonde vai dar a caminhada
Apenas me reprime o fato
De sentir-me escondida do mal
Que nem sei se o é
A noite se aproxima
E o medo não é estar só
Em meio a tantos perigos imagináveis
Temo, sim, estar acompanhada do desconhecido
Que a qualquer momento pode surgir
E arrancar a paz que encontrei
No abraço de um ipê-roxo todo florido!
2 comentários:
Chorei...
ta
Val,
Lindo!
Amei.
Postar um comentário