5.9.05

Alma


(René Magritte)

Reluzes, alma!?
Esqueceste a escuridão das trevas,
a imensidão das chuvas,
o choro adormecido de quem não se tem?
Me diga por um momento
onde vamos, então?
Parece-me que esqueceste também
nossos medos
e dúvidas
e ainda os desconsolos e noites vazias
onde ias sem mim?
Alma:
- À descoberta de outro Eu que não Tu!

É impressionante como sempre tem algo que quer bagunçar com a paz da alma. O fator "relembrante" do caos pode ser interno ou externo. O certo é que nem sempre nos permitimos - ou nos permitem- esquecer, romper com o que nos sufoca, com o que não nos faz ou fez bem. "Como assim você está bem??? E o sofrimento, esqueceu?" Mais que relembrante......às vezes o fator é "cutucante", insistente....
Mas quando a alma toma coragem de escolher a paz como moradia, ela arruma as malas e se despede de tudo (e todos). Faz o luto, lava a cisterna, alça vôo e inaugura uma nova maneira de viver! E que os cutuques não a sigam!
Com certeza a alma está feliz agora!

2 comentários:

Anônimo disse...

Para bom entendedor...

Anônimo disse...

Você, melhor do que ninguém, sabe expressar na medida certa o que sua alma tão transparente sente. Uma riqueza encontrada em poucos... Porque, na verdade, poucos são tão especiais quanto você! Beijos. Adorei o texto!!!